A disseminação do coronavírus e as medidas de distanciamento social para combatê-la serão um duríssimo teste de sobrevivência para os brasileiros.
Alguns estados já proibiram o funcionamento de determinados serviços; em outros, quarentenas voluntárias mantêm consumidores afastados das atividades do comércio. As projeções para o PIB, que há um mês apontavam para uma alta de mais de 2%, desabaram – e muitos departamentos econômicos já veem encolhimento da economia neste ano.
A situação brasileira, contudo, possui um agravante: a falta de conscientização financeira atrapalha a vida dos brasileiros. Segundo o Banco Mundial, apenas 3,64% dos brasileiros economiza para a aposentadoria, um dos índices mais baixos do mundo.
Apenas 28% dos brasileiros declaram ter poupado algum dinheiro nos últimos 12 meses, o 14.º pior índice do mundo. Esses números, contudo, não são coincidência. Um dos parâmetros de avaliação da educação do Pisa é a alfabetização financeiro, em que o Brasil ocupou a última posição entre as 17 nações avaliadas nesse quesito em 2015.
Naquele ano, o escore médio brasileiro foi de 393, enquanto a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi de 439. A nota dos estudantes brasileiros nesse quesito foi 43 pontos pior do que em matemática e leitura.
Mesmo entre quem tem dinheiro guardado, a poupança continua como investimento preferido de nove em cada dez brasileiros. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Porém, com a queda da Selic, a caderneta deve render menos do que a inflação em 2020, o que significa uma perda no poder de compra.
Nesse momento tão inesperado, alfabetização financeira é também evitar escolhas que contribuem para o quadro de endividamento.
Alfabetização financeira na Base Curricular
Em 2020, a educação financeira passou a integrar a base Nacional Comum Curricular. Essa prática já é comum em países com melhores colocações nos indicadores de análise.
Assim, a disseminação de alfabetização financeira nas escolas e a conscientização de sua importância deve produzir efeitos de longo prazo no aprendizado dos alunos e para a sociedade como um todo.
A crise causada pelo novo coronavírus deve estimular a procura por maior conhecimento para quem busca poupar algum dinheiro, inclusive aqueles com maior renda. Hoje, por exemplo, existem muitos jogos infantis que incentivam as crianças a aprender de maneira simples e divertida sobre finanças.
Afinal, nesse momento tão inesperado, maior instrução financeira é também evitar escolhas que contribuem para o quadro de endividamento.
Além disso, a educação financeira vai muito além de dinheiro e finanças. Pesquisas comprovam que ela reforça a convivência familiar, estreita vínculos com outros temas relevantes compartilhados em família, ensina a lidar melhor com frustrações e cria consumidores conscientes e compatíveis com uma economia mais sustentável.
Como a alfabetização financeira poderia ajudar na luta contra o coronavírus
A disseminação do coronavírus e as medidas de distanciamento social para combatê-la serão um duríssimo teste de sobrevivência para os brasileiros.
Alguns estados já proibiram o funcionamento de determinados serviços; em outros, quarentenas voluntárias mantêm consumidores afastados das atividades do comércio. As projeções para o PIB, que há um mês apontavam para uma alta de mais de 2%, desabaram – e muitos departamentos econômicos já veem encolhimento da economia neste ano.
A situação brasileira, contudo, possui um agravante: a falta de conscientização financeira atrapalha a vida dos brasileiros. Segundo o Banco Mundial, apenas 3,64% dos brasileiros economiza para a aposentadoria, um dos índices mais baixos do mundo.
Além disso, muitos pequenos e médios negócios terão grandes dificuldades nos próximos meses. Para isso, alguns pontos podem ser trabalhados para a manutenção e sobrevivência dos negócios. Como, por exemplo, preservar o capital de giro, renegociar contratos e aproveite medidas e benefícios anunciados pelo governo.
Um país de analfabetos financeiros
Apenas 28% dos brasileiros declaram ter poupado algum dinheiro nos últimos 12 meses, o 14.º pior índice do mundo. Esses números, contudo, não são coincidência. Um dos parâmetros de avaliação da educação do Pisa é a alfabetização financeiro, em que o Brasil ocupou a última posição entre as 17 nações avaliadas nesse quesito em 2015.
Naquele ano, o escore médio brasileiro foi de 393, enquanto a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi de 439. A nota dos estudantes brasileiros nesse quesito foi 43 pontos pior do que em matemática e leitura.
Mesmo entre quem tem dinheiro guardado, a poupança continua como investimento preferido de nove em cada dez brasileiros. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Porém, com a queda da Selic, a caderneta deve render menos do que a inflação em 2020, o que significa uma perda no poder de compra.
Alfabetização financeira na Base Curricular
Em 2020, a educação financeira passou a integrar a base Nacional Comum Curricular. Essa prática já é comum em países com melhores colocações nos indicadores de análise.
Assim, a disseminação de alfabetização financeira nas escolas e a conscientização de sua importância deve produzir efeitos de longo prazo no aprendizado dos alunos e para a sociedade como um todo.
A crise causada pelo novo coronavírus deve estimular a procura por maior conhecimento para quem busca poupar algum dinheiro, inclusive aqueles com maior renda. Hoje, por exemplo, existem muitos jogos infantis que incentivam as crianças a aprender de maneira simples e divertida sobre finanças.
Afinal, nesse momento tão inesperado, maior instrução financeira é também evitar escolhas que contribuem para o quadro de endividamento.
Além disso, a educação financeira vai muito além de dinheiro e finanças. Pesquisas comprovam que ela reforça a convivência familiar, estreita vínculos com outros temas relevantes compartilhados em família, ensina a lidar melhor com frustrações e cria consumidores conscientes e compatíveis com uma economia mais sustentável.